quinta-feira, 21 de junho de 2012

A dança da Física, parte 1

Nunca na história da humanidade as coisas se tornaram tão "hi-tech", como nesta era contemporânea. A partir da Revolução Industrial, praticamente todos os aspectos da vida humana foram inundados por uma onda científico-tecnológica que visava, sobretudo, suavizar as dificuldades práticas encontradas pelo homem nos seus afazeres, em seu lazer e descanso.

Neste contexto, as idéias da "recem-nascida" física (antes entendida e estudada sob o nome "Filosofia Natural"), principalmente a Mecânica de Sir Isaac Newton (foto) e a Termodinâmica (sobretudo o estudo das máquinas térmicas), de grandes nomes como Nicolas Carnot, foram rapidamente convertidas em tecnologia, de modo a satisfazer a grande demanda do capitalismo liberal nascente por produção em larga escala e em curto espaço de tempo (maximizando, assim, o lucro e o acúmulo de capital).

"Mecanizando-se" ao longo do tempo, o homem aprendeu a converter ciência em tecnologia (a engenharia começava a tomar a forma atual): conforme as ciências se desenvolviam, a tecnologia avançava em ritmo exponencial, e de uma maneira "simbiótica" unia-se à cada vez mais dinâmica vida humana. Com a descrição física do Eletromagnetismo a partir de meados do século XVII, o homem aprendeu a usá-la para a transmissão de informações via ondas eletromagnéticas, tudo isto a longa distância, e em velocidades extremas. Mas o alicerce da ciência e da tecnologia do século XXI viria a ser uma teoría física do início do século XX.

Ressucitando a antiga idéia dos gregos atomistas,  os cientistas do final do século XIX e início do século XX descobriram que sim, a matéria é composta de "pequenas unidades básicas", chamadas de "átomos" (que em grego significa "indivisível"). Graças aos experimentos de físicos como J.J. Thomson, Dalton, e Rutherford, não só a natureza atômica da matéria foi descoberta, mas também os primeiros sinais de sua estrutura: os átomos não eram tão "átomos" assim. Possuiam partículas de carga positiva, denominadas de "prótons", e partículas de carga negativa, denominadas de "elétrons". Descobriu-se também um terceiro tipo de partícula pertencente à estrutura da matéria, o "neutron", que é uma partícula de carga nula necessária para a estabilidade do átomo (exceto, naturalmente, ao átomo de hidrogênio, que não possui nenhum neutron).

Assim, os cientistas caminhavam para o conhecimento do mundo do muito pequeno, que causará uma aceleração ainda maior ao crescimento e desenvolvimento da tecnologia do século XX e XXI. Ernest Rutherford lançou, baseado em alguns experimentos que fez (em especial, o do bombardeamento em uma folha muito fina de ouro, com partículas alfa), o modelo teórico em que o átomo seria como um mini sistema solar, com elétrons girando em órbitas bem definidas ao redor do núcleo. Mas, como veremos no próximo texto, este modelo não poderia estar de acordo com a natureza, e o maior vilão neste caso foi justamente a lenda que nos possibilitou o "boom" do nosso conhecimento físico/matemático da natureza...


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