segunda-feira, 11 de junho de 2012

Hipona


Caminhei pelas cidades dos homens, buscando a luz
Saí em plena madrugada, transitei de solidão em solidão
Insólita ocasião, ócio quebrado, omissão destruída
Busquei meu cajado, pois meus pés já não tinham forças de sustentação

Já tive meu destino nas mãos de muitos
E todos eles me decepcionaram
Todos viraram as costas quando não precisavam de mim
Para voltarem como cães arrependidos quando de mim dependiam

Minha alma quer buscar o caminho para o infinito
Mas foi amaldiçoada pelo paradoxo de Zenão
Ao buscar o infinito, percorre infinitos infinitos
E só não é infinita a minha disposição

Buscarei o caminho até Hipona
Lá vive um homem sábio
Que falou de uma tal Cidade de Deus
Ali talvez seja um lugar feliz...



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