domingo, 24 de junho de 2012

Mistérios da meia-noite




É madrugada...

O ar soturno domina as ruas
No peito dores, abandonos constantes
Sorrisos dispensatórios, e eu tão condescendente...

E assim, na calada...
O som noturno seduzia-me como deusas nuas
No solo, flores, no destino pesados instantes
Lembranças tristes, e eu tão convalescente...

Comecei a atentar para a música que ressoava
Eram pianos, executando um concerto solitário
O que despertou a minha atenção
Pois era propagada, ali, minha própria natureza

Vi então um bando de corvos que, em paz, revoava
Em muitos planos, em uníssono com ideal libertário
O que deu-me a belíssima intenção
De com eles decolar em absoluta leveza





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lembre-se: Comentários são muito bem vindos quando visam acrescentar aos textos mensagens de relevância e de gosto compatível com o texto publicado, mas não o são quando são em tons pejorativos ou de incompatibilidade total com o texto. Agradecemos a compreensão.