quarta-feira, 27 de junho de 2012

Velado (Can you figure it out?)

Em versos escusos eu falo
Pois Nero ameaça com fogo
Roma arde ao cantar do galo
Ri alto o vil demagogo

Se antes havia iníquos
Intolerantes sem perceber
Hoje eles são mais prolíficos
Disfarçados em seu proceder

O estandarte era contra a desordem
Que hoje virou lei suprema
Perversão agora é um totem
A certeza é para eles dilema

Sua bandeira reluz como o prisma
Nunca nada foi tão ameaçador
Vai à vala quem tem mais carisma
O acusado virou acusador

Mas não era para o ser humano
jogar fora o que tinha de mal?
Por que então substitui o profano
Por algo ainda mais bestial?

E quem me vê escrevendo assim
crê que estou  falando de poucos
São grupos e grupos sem fim
Pervertendo tudo, como loucos

Mas não me calo nem hei de calar
O que fala meu ser, tão perplexo
Sua causa quero ver tombar
Pelo amanhã menos complexo




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