sexta-feira, 27 de julho de 2012

O lamento do poeta

Sofre o poeta, que com a pena rabisca
Do sono desperta, soltando faísca
Pelo atrito romântico dos problemas da vida
Olhos sem paixão, coração com ferida

Escreve o poeta, para a posteridade
Suas dores, suas mágoas, sua sinceridade
Não quer a pena alheia, apenas cumplicidade
Alguém que sofra com ele, em plena amizade

O poeta lamenta o pesar de sua alma
E expõe seus momentos de falta de calma
Reside no caos sua imortalidade
A velhice não lhe chega na maturidade

A arte sublime emerge da dor
O quadro escrito prescinde de cor
Poesia é livro que não tem exegeta
Saído das mãos de um pobre poeta


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