domingo, 12 de agosto de 2012

Elucubração poética sobre o espaço e o tempo


Ontem à noite, pensava eu solitário
Que, se desloco-me a outro lugar
E logo após faço o contrário
Ao local de origem não irei voltar

Tudo está mui claro, agora:
Não fui só eu que andei,
Todo o universo  foi embora
Do ponto inicial que calculei

Mas a estrada universal é outra
Enquanto o cosmos eu atravesso,
Ele mesmo, ágil tal qual a lontra
Por misterioso mar acha seu acesso

Ao leitor desatento, a dica é esta:
Vemos o andar universal em nossos pulsos
E no final, tudo acaba em festa
Onde dançam, animados, os fusos

Assim, é revelado o resultado
Desta poética elucubração
Nesta cama onde estou sentado
Antes nunca estive, suspenso do chão.

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