quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Salve-me - Parte 10 - Final

Após o homem ir, Hélio foi ajudar Rita a se levantar. Ela estava por um lado furiosa pelas coisas que ele havia dito, mas por outro contente, por tudo ter tido um fim pacífico. Ao levantar fingiu raiva e deu soquinhos nos ombros dele, se fingiu de emburrada, mas logo voltou sorrindo e o abraçou chorando. Olhou nos olhos dele, e o beijou. "Obrigada Hélio. Não sei como posso te agradecer. Vamos voltar para o motel e comemorar?". Hélio então a beijou, longamente, e a abraçou de maneira terna.

"Rita, você é linda, sabia? Mas, infelizmente, eu não posso lhe dar nada além do que você disse que queria de mim: o fogo, uma noite, sentir-se amada. Agora você está livre daquele cara, então, siga sua vida, e tome cuidado com os canalhas. Esta é a melhor forma que você tem para me agradecer. Seja feliz. Eu, felizmente, pertenço a outra mulher, e estando ao seu lado eu percebi que preciso correr atrás dela. Ela precisa de mim. Eu não vou esquecer de você moça, mas de agora em diante precisará se virar sozinha. Você é forte, você vai conseguir."

"Podemos ter, apenas, uma última vez?", perguntou Rita, enquanto o beijava, delicadamente. Hélio concordou, e seguiram para o motel, onde repetiram a dose, até o amanhecer. Mas dessa vez, não foi Hélio que acordou sozinho, mas sim Rita. Ao lado da cama, um bilhete, "Se cuida moça. HM". Rita apenas sorriu. O dia estava lindo, e a vida dela recomeçava naquele instante. Ainda podia fechar os olhos e lembrar dos momentos indescritíveis que teve com Hélio. Começou a se tocar, e gozou mais uma vez.

Hélio ajustou o retrovisor de seu Tucson. Pegou uma foto no porta luvas, olhou por um tempo e depois colocou no banco do carona, "Karla, aí vou eu". E seguiu viagem, rumo ao desconhecido. No rádio, uma música tocava.






FIM (?)




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